ESPECTÁCULO. União e Matraquilhos proporcionaram grande jogo de futsal"Num espectáculo de superior qualidade e deveras emotivo, o União Praiense, salvo as questões de secretaria, garantiu a renovação do título de campeão da Terceira.
Com o novíssimo e funcional pavilhão do Juncal a servir de palco, União Desportiva Praiense e Matraquilhos Futebol Clube ofereceram um grande jogo de futsal, válido para a 22ª ronda do campeonato local, cujo resultado, empate a quatro bolas, traduz na perfeição as emoções vividas dentro do recinto e as constantes mudanças no placard.
Na primeira-parte, o União Praiense não foi tão esclarecedor como é habitual na explanação do seu sistema táctico, com o Matraquilhos FC a tirar proveito da situação. Deste modo, cedo o emblema da Terra-Chã começou a fazer funcionar o marcador com Flávio Ficher, em tarde/noite inspirada, a marcar por duas vezes em contra-ataque, cabendo, depois, a Emanuel Leal aumentar a vantagem (0-3). O União ainda reduziu na etapa inicial, por David Cota, num lance de insistência.
Em desvantagem (1-3), a turma anfitriã regressou dos balneários com uma postura sobremaneira ofensiva e com mais um elemento em campo durante alguns segundos, consequência directa da expulsão de Pedro Tavares no final do primeiro tempo.
Assim, Carlos Carvalho aproveitou para reduzir (2-3) e logo de seguida restabelecer o empate (3-3). O espírito de luta dos locais para chegar à vitória era, nesta fase, uma constante. Porém, o Matraquilhos defendia a preceito e, mais uma vez em contra-ataque, dava uma forte machadada nas intenções dos brancos da cidade de Nemésio com Emanuel Leal a duplicar os golos e a colocar o resultado em 3-4.
O União foi, então, à procura do golo da igualdade, pese as dificuldades impostas pelo Matraquilhos, até que apareceu Carlos Filipe a recolocar tudo na estaca zero (4-4). A partir daqui, estava ditado o resultado do prélio que, em princípio, garantirá o ceptro de bicampeões da ilha Terceira aos unionistas da Praia.
Em termos globais, assistiu-se, na realidade, a um excelente espectáculo, vivido com emoção dentro e fora das quatro linhas e imensa luta no rectângulo, em função do desenrolar do marcador que até ao intervalo deu Matraquilhos e na etapa secundária passou a ser azul e branco.
Convenhamos que o União Praiense mereceu o empate que lhe interessava com destaque para Carlos Carvalho, David Cota e Carlos Filipe. O Matraquilhos tudo fez para segurar a preciosa vantagem adquirida no primeiro tempo, só que o União revelou-se bastante eficaz após o descanso. Os melhores foram Emanuel Leal, Flávio Ficher e Armindo Cabral.
A arbitragem de Marco Carvalho e Filipe Ferreira esteve em bom plano, tanto no capítulo técnico como disciplinar, isto num desafio em que o placard conheceu constantes mudanças."
MA-TRA-QUI-LHOS!!!
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