quarta-feira, 8 de junho de 2011

"PROJECTO DO CLUBE SUSTENTADO NA JUVENTUDE"

SÉRGIOLIMA, PRESIDENTEDOMATRAQUILHOSFUTEBOLCLUBE



Entrevista Diário Insular Segunda-feira 30.Mai.2011



Sérgio Lima destaca a aposta do clube na formação e pretende que a conquista da Taça seja o começo de um ciclo de sucessos.




Embora falhando o cetro de ilha, o Matraquilhos Fu­tebol Clube (MFC) festejou na presente época a vitória na Taça Ilha Terceira de Futsal, precisamente frente ao conjunto bicampeão, Casa da Ribeira, e por números expressivos (4-1). O que representa esta conquista para o clube?




É, simplesmente, mais um momento histórico para o nosso jovem clube, que em apenas quatro épocas se tem assumido cada vez mais como uma referência no futsal ter­ceirense. Apesar de satisfeitos, como é lógico, não vemos, contudo, esta conquista como um fim, mas sim o princípio de um ciclo que pretendemos seja repleto de sucessos.




Em termos organizativos, no que toca às condições oferecidas para promover a prática desportiva federada, neste caso na modalidade de futsal, que argumentos considera que a coletividade reúne para que possa ser um espaço privilegiado de ocu­pação dos jovens na freguesia da Terra Chã? No fundo, qual é a realidade atual do MFC na vertente desportiva e que importância assume para a comunidade onde está inserido?




Desde a sua fundação que o Matraquilhos tem por principal missão fazer do futsal um meio de desenvol­vimento social, desportivo e até cultural dos jovens da localidade onde está inserido, a freguesia da Terra Chã. Neste contexto, o MFC tem primado pela organização e a direção por mim liderada tudo tem feito no sentido de oferecer, dentro das nossas limitações, as melhores condições aos nossos atletas, sem exceção, desde a formação aos senio­res. O Matraquilhos é, hoje, uma referência do futsal local e basta referir, por exemplo, que na presente época desen­volvemos atividade desportiva para 79 atletas federados.




O segundo lugar no campeonato significa o apuramento para a Série Açores de Futsal, que arranca na próxima época. De que forma o MFC está a encarar esta participação? Em seu entender, o MFC reúne as infraestruturas necessárias e o suporte indispensável para assumir este quadro competitivo mais exigente, desde logo porque obriga a deslocações constantes?




O Matraquilhos está a encarar esta nova etapa para o clube e para o futsal tercei­rense e açoriano com enorme motivação e expectativa, mas também ciente da responsabi­lidade que este quadro com­petitivo exige. Temos vindo a planear a próxima época no sentido de não colocar em causa a sustentabilidade de todo o nosso projeto, deno­minadoMatraquilhos… para além do Futsal”. Queremos, igualmente, representar de forma honrosa a freguesia da Terra Chã, bem como o concelho de Angra e a ilha Terceira no contexto do futsal açoriano. Temos um planeamento organizacional e financeiro que pretende dar uma resposta positiva a este novo contexto desportivo, sendo que temos consciência das nossas limitações.




Será necessário proceder a alterações de fundo, quer do ponto de vista diretivo e de acompanhamento à equipa, quer no que toca ao projeto desportivo do clube?




O Matraquilhos tem vindo a dar uma resposta adequada aos contextos e aos compro­missos a que se compromete e toda a direção está consciente da necessidade de adaptação à nossa nova realidade. Porém, estou convicto de que dare­mos uma resposta positiva face às responsabilidades que se avizinham. Em termos do projeto, manteremos os es­calões da presente época e, no que se refere a dirigentes, são sempre bem-vindas mais pessoas disponíveis para aju­dar, sem esquecer, porque é uma referência justa, que as que estão no clube são de uma dedicação extrema.




Agrada-lhe o aparecimen­to da Série Açores?




Sim. O futsal é, sem a mínima dúvida, a modalida­de do futuro, sendo que, na ilha Terceira, tem tido um desenvolvimento deveras satisfatório, com uma evolu­ção muito significativa. Temos como objetivo principal man­ter a base do plantel, pois o mesmo oferece garantias para enfrentarmos a Série Açores com perspetivas ótimas de conseguirmos alcançar as me­tas propostas, que passam pela manutenção. Como é normal, haverá sempre um ajuste de dois ou três atletas, mas, como já referi, a direção e equipa técnica estão muito satisfeitos com os jogadores que fazem parte do plantel atual.




FAMÍLIA




Existe o apoio necessário, quer por parte dos adeptos no acompanhamento da equipa durante os jogos, quer por parte dos organismos que podem auxiliar a diversos níveis, para que seja possível ao MFC implementar o seu projeto desportivo e social?




Os adeptos do Matraqui­lhos são, essencialmente, as famílias do dirigentes, treinadores, atletas e os jovens dos escalões de formação. Formam um grupo absolu­tamente fantástico, que tem apoiado em todos os mo­mentos da vida do clube e das suas equipas. Em termos da freguesia, já não posso afirmar o mesmo. Temos vindo a verificar uma tendência de aproximação, mas muito longe daquilo que ambicionamos, pois temos um enorme or­gulho em ser e representar a Terra Chã através do futsal. Não entrando em grandes comparações, gostaríamos de ter um maior carinho da freguesia, como vemos em outros clubes do futsal local. Porém, os jovens estão cada vez mais identificados com a nossa coletividade e o amor ao clube tem vindo a crescer. Mais do que um clube, o Matraquilhos é uma “escola educacional” e de partilha de valores familiares, em que o futsal é, digamos assim, o meio facilitador de toda esta envolvência que queremos im­plementar. Os organismos da freguesia têm auxiliado dentro das suas possibilidades, mas consideramos que o MFC po­derá ser muito mais do que um simples clube. Tem condições para se tornar num projeto e numa aposta da freguesia. Aí sim, estamos convictos que o clube ganharia maior projeção e maior sustentabilidade.




Qual a aposta do MFC no que toca aos escalões de formação?




Esta época, desenvolvemos atividade em to­dos os escalões de formação masculinos e a nossa aposta pas­sa por dar conti­nuidade a este tra­balho. Temos como ambição de, a média prazo, implementar o projeto de Coordenadores da Formação. Apesar de não haver competição federada, desenvolve­mos atividade de trei­no frequente com crianças com idade do escalão “Esco­linha”. Com isto, quero afirmar que o Matraquilhos tem na juventu­de as bases que alicerçam este projeto, sendo que temos a ambição de ver jovens formados e identificados com o clube a chegar à equipa sé­nior com efetivo contri­buto. di



O Matraquilhos tem na juventude as bases do seu projeto e temos a ambição de ver jovens formados no clube a chegar à equipa sénior

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