segunda-feira, 26 de novembro de 2012

"Matraquilhos de vento em popa"

Fonte: Diário Insular | 26.Nov.2012 | Daniel Costa

SEGUNDA VITÓRIA NO CAMPEONATO NACIONAL DA SEGUNDA DIVISÃO DE FUTSAL

Matraquilhos de vento em popa

MATRAQUILHOS FC contabiliza segunda vitória no nacional de futsal

Segundo êxito do Matraquilhos, perfeitamente justo, pelo soberbo trabalho que vem sendo desenvolvido e pelo apoio da claque.

DANIEL COSTA | di

Após a primeira vitória sofrida mas muito saborosa no seu reduto, certamente que a equipa ganhou ânimo que não foi abalado na derrota em Belém, até porque a turma da Cruz de Cristo tem um historial forte e, em princípio, será a melhor equipa desta série. Portanto, perder em Lisboa é um resultado perfeitamente normal para um conjunto insular que debuta nestas andanças.

E a verdade é que o sucesso alcançado anteriormente trouxe mais tranquilidade e confiança ao conjunto na abordagem ao jogo, bem patente logo desde o início.

O "cinco" da Terra Chã, ao invés de encontros anteriores, foi mais personalizado, ocupou melhor os espaços e fez as transições com mais segurança. Em suma, foi uma equipa bem estruturada no terreno e sem grandes oscilações, o que lhe permitiu um melhor controlo dos acontecimentos, dando, por isso, menos espaços ao adversário.

Assim, o prélio foi mais técnico, cauteloso e sem evidentes oportunidades de golo para ambos os lados. No entanto, Fábio Raposo, com um estupendo remate, fez o esférico abalar literalmente a baliza de Vala, que, como é óbvio, ficou pregado ao solo, sem reação perante a espontaneidade e violência do chuto do atleta terceirense.

Com as duas equipas a exibirem acerto defensivo, faltou, então, espaços e ocasiões para se visarem as respetivas balizas com sucesso, daí que, em termos de situações de golo, elas não abundaram, saindo-se para o intervalo com um justo empate, mas com uma exibição equilibrada e consistente do Matraquilhos.

O reatamento, inicialmente, não trouxe grandes modificações mas, aos poucos, o Matraquilhos começou a sentir dificuldades com a pressão do Burinhosa ao nível das linhas de passe, ao não conseguir abri-las, o que lhe limitava as saídas para o ataque.

Até que um lance pouco comum resulta no primeiro golo da equipa da casa. A partir daqui, o moral ganhou mais forma e Tony com um remate cruzado pela direita eleva a fasquia.

Com a sempre fiel, incansável e ruidosa massa adepta dar o mote no apoio à equipa, Fábio Raposo eleva para a chapa três e, pouco depois, o inevitável Tiago Poim para a quatro.

Com o pavilhão ao rubro, a equipa deixou-se contagiar em demasia, não só pelo resultado verificado como pela alegria dos adeptos, desconcentrou-se defensivamente e precipitou-se quando tinha a posse de bola.

Desta forma, viu o adversário com dois golos regressar à discussão do resultado, ficando o Matraquilhos com uma margem curta para gerir quando o jogo caminhava para a chamada fase crítica que, inclusivamente, já causou dissabores no passado ao coletivo angrense.

Foi um período intenso, sob grande pressão continental, mas desta vez foi mesmo o Matraquilhos a ser feliz na ponta final com Tiago Poim a chegar à mão cheia, garantindo, como tal, a segunda vitória na prova, agora por números mais dilatados, estando, por isso, no caminho certo.

Arbitragem: regular.

SEGUNDA DIVISÃO 6.ª JORNADA

Complexo Desportivo Tomás de Borba
Árbitros: Sérgio Silva e Filipe Ferreira (AFAH)
Cronometrista: Rui Martins

Ao intervalo:
0-0

Matraquilhos 5

Nuno Cardoso (cap.)
Nelson Silva
Tércio Perdigão
Tiago Poim
Fábio Raposo

SUPLENTES
Ricardo Martins, Armindo Cabral, Ruben Saúde, Carlos Silva, António Martins, Luís Leite e Nelson Laranjo.

TREINADOR
Nuno Vieira.

Burinhosa 2

Vala
Loja
Gonçalo
Espanhol
Rui

SUPLENTES
Miguel, Guerra, Tiago, Nortenho, Russo, Catarino e Put (cap.).

TREINADOR
Kitó Ferreira.

Disciplina: cartão amarelo para Loja (6m), Carlos Silva (9m), Put (10m), Rui (25m) e Espanhol (28m).

Marcadores: Russo (a.g., 25m), Tony (28m), Fábio Raposo (29m), Tiago Poim (30 e 39m), Russo (31m) e Loja (34m).

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