PORTELA VENCE (4-3) NO DERRADEIRO JOGO CASEIRO DO MATRAQUILHOS NA 2.ª DIVISÃO DE FUTSAL
Esforço na despedida
merecia um último prémio
MATRAQUILHOS FC ofereceu excelente réplica (3-4) ao conceituado Portela
Quase sempre sem bola, mas com imensa vontade de se despedir com uma vitória.
Portela foi mais forte no derradeiro jogo do Matraquilhos perante os seus
adeptos.
LUÍS ALMEIDA |di
A bola andou quase sempre nos mesmos pés. Consentido ou não, foi este o
cenário ao longo da primeira-parte. E não foi um mau cenário, pelo menos
enquanto os níveis de atenção e aplicação se mantiveram elevados. Isso só não
aconteceu em dois lances e aí, claro está, o cenário ficou um pouco mais escuro.
A verdade, nua e crua, é que é preciso saber estar. Reconhecer o lugar que se
ocupa e olhar o adversário nos olhos. Pela frente o terceiro classificado da 2.ª
Divisão, que venceu por 4-2 no desafio da primeira volta. Mas o Matraquilhos,
que é último, não se envergonhou.
O resultado ao intervalo (2-3) é até um castigo injusto. O Portela é melhor. Fez da bola sua presa, rodou, rodopiou e rematou. Compôs três golos, o primeiro de canto e o terceiro numa tabela que não deveria ter acontecido, as tais duas desatenções. O rendilhado coletivo no segundo é muito bom. Mas tudo isto deu trabalho. Os pupilos de Nuno Vieira pareceram submissos, mas não derrotados. As bancadas até nem tinham tanta gente como seria suposto para o último jogo da época em casa, mas quando a claque gritou "o Matraquilhos é o nosso grande amor", Carlos Rui correspondeu com o primeiro balançar de redes. Pelo meio, Sucata e Tiago Poim quase imitavam o colega. E foi mesmo Poim, num excelente lance individual, a consumar o 2-0.
Nuances. Quase todas em contra-ataque, mas nunca deixando de procurar o golo. Não subir à toa permitiu eficaz bloqueio defensivo às investidas do Portela, apesar do estrondo que o remate de Nelson Semedo fez ecoar no poste da baliza de Ricardo. Depois do descanso, tempo para mostrar que a posse de bola não é apenas para o topo da tabela. Por estratégia ou obrigação, certo é que o Portela surgiu mais recuado para a segunda-parte... até que Éder Almeida ampliou a vantagem para os continentais.
Mais uns instantes de correria atrás do esférico. O Portela em gestão. O Matraquilhos a pressionar. Assim é mais difícil. E mais cansativo. Mas só os desistentes desistem e recuperar o esférico é não desistir. Tiago Poim, a nove minutos do final, fuzilou autenticamente a baliza de Marco Mateus. E um jogo constantemente vivo ganhou ainda mais interesse. Ações partidas e repartidas, Nuno Cardoso a transpor a linha de meio-campo e alguns projetos de finalização para ambos os lados. Já a claque tem poderes especiais: nunca se cansa, nunca se cala...
Mas o resultado não mudou. Uns 3-4 que sabe a pouco. Onze derrotas nos últimos treze jogos. Falta apenas uma jornada e o Matraquilhos não escapa ao último lugar. Os balanços da estreia ficam para outra ocasião. No final bateram-se palmas, aos vencidos e aos vencedores. Ao intervalo entregaram-se troféus aos miúdos, orgulhosamente de amarelo da cabeça aos pés. Porque o desporto é assim: há sempre um futuro a construir.
Boa arbitragem, não obstante uma ou outra decisão discutível, como no lance do segundo golo do Portela, que nasce de uma infração que parece não existir.
Pavilhão da Escola Tomás de Borba
Árbitros: Sérgio Silva (AFAH) e Luís Ribeiro (AF Lisboa)
Cronometrista: Artur Rodrigues (AFAH)
Ao intervalo:
2-3
Matraquilhos 3
Ricardo
Armindo Cabral
Sucata
Tony
Carlos Rui
SUPLENTES
Nuno Cardoso (cap.), Duarte Raposo, Dudu, Tiago Poim, Fábio Raposo, Nelson Laranjo e José Domingues.
TREINADOR
Nuno Vieira.
Portela 4
Marco Mateus
João Pires
João Pinheiro
João Silva
Éder Almeida
SUPLENTES
Castro, Nelson Semedo, Kiko (cap.), Luís Estrela, Caturra, João Silva, Gonçalo Farinha e João Amaral.
TREINADOR
Mário Silva.
Disciplina: cartão amarelo para João Silva (24m) e Fábio Raposo (25m).
Marcadores: Carlos Rui (3m), Tiago Poim (11 e 31m), Caturra (12m), Luís Estrela (14m), João Pinheiro (19m) e Éder Almeida (26m).
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