quinta-feira, 27 de novembro de 2014

"Matraquilhos sedeado numa garagem privada"

Fonte: Diário Insular | Desporto | Futsal | 27.11.2014

CLUBE RECLAMA MAIS APOIO POR PARTE DA FREGUESIA DA TERRA CHÃ


Matraquilhos sedeado
numa garagem privada


 MATRAQUILHOS sobrevive numa garagem, onde guarda equipamentos, bolas e troféus...

Paulo Vieira entende que ausência de uma sede coloca em causa projeto do clube. Presidente do Matraquilhos critica falta de apoio da Terra Chã.
São cerca de 25 metros quadrados, onde amontoam, de forma organizada, equipamentos, bolas, material de treino, troféus e documentos administrativos. Não resta espaço para mais nada: para reuniões de direção, para fortalecer a componente social, para projetar o dia de amanhã... A atualidade do Matraquilhos Futebol Clube resume-se a uma garagem.

Já com um palmarés importante no futsal regional, o clube celebrou o 8.º aniversário no passado dia 24 de novembro. A equipa compete na Segunda Divisão Nacional na presente época desportiva, naquele que é o segundo patamar da modalidade em Portugal. A ausência de uma sede é, segundo Paulo Vieira, um problema que tem originado dificuldades profundas.

"O Matraquilhos foi fundado com o objetivo de promover um projeto importante a nível social. Pretendemos ser uma instituição de referência a este nível na freguesia, contribuindo de forma ativa para ajudar a melhorar algumas situações que, desde sempre, são uma problemática na Terra Chã. Nas condições atuais, este projeto fica posto em causa", salienta o presidente do MFC.

De acordo com Paulo Vieira, a falta de apoio da freguesia e das instituições da Terra Chã é gritante. "Temos recebido a colaboração da Junta de Freguesia e da Casa do Povo, mas sempre dentro de muitas limitações, que compreendemos. De resto, ninguém parecer reconhecer valor acrescentado ao projeto do Matraquilhos, algo que não conseguimos compreender", acrescenta o responsável.

Paulo Vieira critica, inclusive, a falta de colaboração do Centro Comunitário da Terra Chã: "Trata-se de uma instituição que tem o seu campo de atuação centrado na componente social, tal como o MFC. Já solicitámos várias reuniões, até para que fosse possível estreitar laços e estabelecer parcerias neste trabalho. Nunca recebemos resposta. Temos tentado esta aproximação, que nos parece mais do que lógica".

Antes, o MFC estava sedeado nas instalações dos escoteiros, mesmo junto ao bairro social da Terra Chã, num espaço que oferecia boas condições de funcionamento. "Colocámos aquela estrutura a funcionar. Demos-lhe vida. Mas mandaram-nos embora para a darem a outro privado", lamenta Paulo Vieira.

O líder do Matraquilhos revela que já foram feitos alguns contactos, quer com a Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, quer com as Obras Públicas, mas para já sem resultados práticos. "Já nem pedimos um pavilhão, embora, em nosso entender, esta seria uma estrutura decisiva, mas a verdade é que a ausência de uma sede, no fundo, um espaço onde pudéssemos funcionar, tem deitado a perder muitas das mais-valias do nosso projeto desportivo e social", sustenta.

Paulo Vieira refere, ainda, que o SPRHI - Sociedade de Promoção e Reabilitação de Habitação e Infraestruturas terá mostrado abertura para disponibilizar uma das casas desabitadas do bairro da Terra Chã, assunto que, no entanto, não conheceu desenvolvimentos.

 PAULO VIEIRA. Presidente do MFC lamenta falta de apoio da freguesia

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