PRIMEIRA-PARTE PARA ESQUECER (0-4) DO MATRAQUILHOS COMPROMETE RESULTADO
Quando se confunde
respeito com temor...
MATRAQUILHOS com segunda-parte de qualidade ante o candidato Os Vinhais
Matraquilhos FC entrou assustado com o poderio do adversário e quando se libertou da pressão psicológica já perdia por 4-0.
MATEUS ROCHA | diCom a derrota do Portela (5-3) frente ao AMSAC, Os Vinhais entrava no complexo desportivo Tomás de Borba, em São Carlos, como a única equipa sem derrotas no Campeonato Nacional da Segunda Divisão de Futsal - Série "E".
Um reforço anímico importante para os homens de Carlos Alberto que, em caso de duplo êxito na ilha Terceira, passariam a liderar a classificação geral, embora com mais um jogo (seis) do que a concorrência direta.
Sob a batuta do pivot Alex e com um futsal dinâmico, intenso e objetivo, Os Vinhais desde cedo que procurou assumir os cordelinhos da partida, exercendo uma pressão alta no meio-campo adversário e explorando a preceito as alas.
Porém, conquanto apresenta-se argumentos de reconhecida qualidade - a melhor equipa que vimos atuar esta época no pavilhão da escola Tomás de Borba -, Os Vinhais contou com a preciosa inércia do Matraquilhos que, bloqueado mentalmente, não conseguia expor no terreno as suas potencialidades.
As coisas ficaram ainda mais complicadas para os pupilos de Nuno Vieira com a obtenção do primeiro golo dos visitantes, pois, no espaço de três/quatro minutos, o marcador subiu para 0-4, ante o evidente anglicanismo dos locais.
Com o vencedor da peleja praticamente encontrado, o Matraquilhos libertou-se das amarras e, no início da etapa complementar, embalou para dez minutos de excelente futsal. Em poucos segundos reduziu para 2-4 e o 3-4 esteve muito perto de acontecer em quatro/cinco ocasiões.
Estimulado por uma claque incansável no apoio à equipa, o Matraquilhos gizou lances de fino recorte técnico e tático, ameaçando - imagine-se! - a até aí clara superioridade continental.
No entanto, a categoria intrínseca de futsalistas como Barros, Alex, Gonçalo Simões e Zezito acabou com as pretensões insulares. A machadada final surgiu com o autogolo de Fábio Raposo, que colocou o placard em 2-6, jogador que, a atuar então como guarda-redes avançado, fechou as contas (3-6) ao cair do pano.
Sem colocar minimamente em causa a justiça do triunfo do conjunto que viajou de Cascais (melhores fundamentos coletivos e individuais, superior ritmo competitivo e experiência nestas andanças), também é da mais elementar justiça reconhecer que, ao longo da primeira-parte, o grémio da Terra Chã foi demasiado subserviente, postura que Os Vinhas aproveitou para arrumar com a questão em quatro minutos. Valeu, com certeza, o puxão de orelhas do treinador Nuno Vieira ao intervalo.
A dupla de arbitragem, constituída por Filipe Torres e Paulo Órfão, efetuou trabalho merecedor de nota positiva, o que não invalida uma ou outra decisão, porventura, menos correta.
ÊXITO PRECIOSO Ontem, em duelo antecipado da sexta rodada, que se conclui no próximo sábado, dia oito de novembro, o Matraquilhos acolheu o Sassoeiros e venceu por 2-1. Tércio e Poim faturaram para as cores da Terra Chã.
2.ª DIVISÃO - 5.ª JORNADA
Complexo Desportivo Tomás de Borba.
Árbitros: Filipe Torres e Paulo Órfão (AF Viana do Castelo).
Cronometrista: Hélder Linhares (AF Angra do Heroísmo).
Ao intervalo:
0-4
Matraquilhos 3
Ricardo
Dárcio
Tércio
Poim
Fábio Raposo
SUPLENTES
Nuno Cardoso (cap.), Diego, Duarte, Zé, Carlos Rui, Laranjo, Leite, Rochinha e Diogo.
TREINADOR
Nuno Vieira.
Vinhais 6
Tiago (cap.)
Gonçalo Simões
Pedro Ruben
Pedro Cravinho
Alex
SUPLENTES
Filipe Pereira, Zezito, Bruno Gomes, Barros, Nelson e Ricardo.
TREINADOR
Carlos Alberto.
Disciplina: cartão amarelo para Laranjo (14m), Zé (23m); Alex (15m), Pedro Ruben (17m) e Gonçalo Simões (22m).
Marcadores: Poim (21m), Carlos Rui (22m), Fábio Raposo (40m); Gonçalo Simões (7m), Barros (9, 10 e 28m), Zezito (10m) e Fábio Raposo (30m, autogolo).
Sem comentários:
Enviar um comentário