IN: www.gazeta3.com/ - 16.08.09"Duarte Alves é treinador da equipa de futsal do Matraquilhos e inicia precisamente esta época a sua carreira de treinador, depois de na última época ter sido jogador do clube da Terra Chã.
Gazeta da Terceira: Sendo esta a sua primeira época como treinador de futsal, o que espera esta temporada à frente do Matraquilhos?
Duarte Alves: As expectativas não são muito altas, nada me foi exigido e quando assim é deixa-me um pouco á vontade. Este é um clube muito sério, é um clube bastante recente, é o terceiro ano que entra nas provas oficiais da Associação de Futebol de Angra do Heroísmo, e deixa-me muito expectante relativamente á época que vamos começar agora. Julgo que estão reunidas as condições para fazermos uma boa época.
GT: Com os reforços conseguidos, quais são os objectivos do Matraquilhos em relação à última época?
DA: O objectivo é sempre fazer melhor. Todos temos consciência que a última época não nos correu bem, e eu estava cá como atleta e temos a noção disso. Em relação ao primeiro ano a época foi muito boa, depois para o segundo ano a fasquia foi colocada muito alta e as coisas não correram bem e agora vamos tentar fazer melhor que no primeiro ano.
GT: Com que objectivos foi feita a mudança no comando técnico?
DA: O objectivo, possivelmente foi por eu ser uma pessoa algo experiente que possa trazer algo de nova á equipa. Não quis grandes modificações e quis ficar com o Paulo ao meu lado, porque o Paulo vive o clube, está dentro do clube e sabe perfeitamente como funciona este clube, portanto estão reunidas condições para atingirmos os objectivos, os quatro reforços também garantem-nos mais qualidade no plantel para fazermos uma boa época.
GT: Como perspectivas o campeonato 2009/2010?
DA: O campeonato da Terceira está cada vez com mais qualidade. Há quatro ou cinco equipas bastante fortes que são candidatas e nós queremos intrometermo-nos nesse grupo do topo e por isso prevejo u8ma época bastante rinhida.
GT: O futsal inicialmente viveu muito de jogadores que vinham do futebol, muitos deles em fim de carreira, agora será cada vez mais uma modalidade mais afastada do futebol e mais autónoma?
DA: Sim cada vez mais. Lembro-me que quando comecei a jogar, deixei o futebol e a equipa que tínhamos era essencialmente formada por jogadores que vieram do futebol. Não havia formação no futsal e hoje já existe e no espaço de seis anos o futsal teve uma evolução fantástica que não há comparação, mesmo comparando com muitas regiões do país. Penso que as duas modalidades já estão devidamente separadas, a mentalidae de deixar o futebol e ingressar no futsal é cada vez menor, o futsal é totalmente diferente do futebol de onze, muitas equipas estão a ter a noção dessa realidade e a prova é que há cada vez mais jovens a praticarem futsal o que antes não acontecia.
GT: Recentemente houve uma acção de formação para treinadores de futsal ministrada pela AFAH, acha que estas iniciativas são importantes para o futsal?
DA: São muito importantes, nunca são demais estas iniciativas que são sempre ministradas por gente credível, gente que vem doutros ambientes e que nos trazem outros ensinamentos e isso, como é óbvio só beneficia a quem anda na modalidade.
GT: Os escalões jovens começam em força no futsal, mas as instalações são poucas para a prática da modalidade?
DA: É a grande autonomia neste momento no futsal. Quanto aos espaços acho que estão em construção mais dois pavilhões, já há projecto para mais um no Posto Santo, penso que a Terra Chã beneficiava com um pavilhão, porque temos muitos jovens e dentro de dois três anos ainda haverão mais na modalidade. Na Praia já há muitos pavilhões e estou convencido que a próxima aposta no desporto no concelho de Angra também será na construção de mais pavilhões.
Autor: Fausto Costa
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