MATRAQUILHOS DERROTA VILA FRANCA, A ÚNICA EQUIPA QUE LHE "ROUBOU" PONTOS
Francamente líder mas com sofrimento
ESPETÁCULO. Matraquilhos e Vila Franca proporcionam jogo de elevada emoção
Hat-trick para Chamon e Carlos Silva,mas foi o Matraquilhos a sorrir no final, depois do Vila Franca ter construído cinco vantagens. Líder continua imbatível.
Arranque alucinante. Em cinco minutos, quatro golos, dois para cada lado, sempre com o Vila Franca a assumir uma liderança sem tempo para "aquecer o lugar". Tiago Pacheco abriu as hostilidades uns "pozinhos" antes de se cumprir o minuto inicial. Carlos Silva (Sucata) empatou em 60 segundos com mais duas mexidas: Chamon a materializar um contra-ataque e Carlos Rui, de grande-penalidade, a consumar o 2-2. Pelo meio, ambos os guarda-redes brilharam.
O festival de emoções fez-se à custa de duas formas distintas de abordar o jogo. O Matraquilhos estendeu no campo o seu processo defensivo, tentando "destruir" longe da sua baliza, mas facilitava na recolocação.
Os micaelenses apresentaram um bloco mais baixo, mas somente quando em organização sem bola. Na recuperação, saíram rápido e gozaram de liberdades. Foi assim que chegaram ao 3-2, obra de Paulo Videira, sendo que o 4-3 com que se atingiu o descanso é fruto da excelente técnica individual de Chamon. Antes, foi Tiago Poim a fabricar o 3-3.
Ao intervalo, a equipa da casa homenageou os "pequenos matrecos" campeões regionais de juniores "B", mas a pausa não esfriou os ânimos. A pressão alta do Matraquilhos ganhou proeminência e, cinco minutos depois, Tony restabeleceu a igualdade, isto quando o Vila Franca atuava momentaneamente com uma unidade a menos devido à expulsão de Tiago Pacheco. Sinal de mudanças? Nem por isso. Logo depois, Chamon chega ao hat-trick e a nova vantagem para os visitantes.
Alterações só no minuto seguinte, pois Carlos Silva não quis ficar atrás de Chamon: marcou por mais duas vezes, primeiro para o 5-5, depois para a primeira situação de superioridade no marcador, após contragolpe conduzido por Carlos Rui. Apesar de permitir alguns espaços na perda da posse, o Matraquilhos apresentou bons recursos quer nas trocas de bola, quer nas rotações posicionais, o que proporcionou momentos de criatividade capazes de oferecer ao guardião Pedro Rainha defesas de alto nível e dificuldade.
Pela primeira vez, os dados eram outros. Os da casa apostaram na consistência e o Vila Franca, com menos espaço, não projetou os lances ofensivos necessários para reentrar na discussão do resultado, mesmo depois de Carlos Arruda ter arriscado com o guarda-redes avançado.
"Empurrados" por uma claque verdadeiramente incansável (e ruidosa), os pupilos de Nuno Vieira alcançam uma vitória que os tornam cada vez mais primeiros na Série Açores de futsal. O Matraquilhos, em 12 desafios, apenas cedeu um empate e... em Vila Franca.
Dois hat-tricks, 11 golos, velocidade e emoção, numa partida nem sempre fácil de arbitrar.
SÉRIE AÇORES 12.ª JORNADA
Complexo Desportivo Tomás de Borba
Árbitros: Filipe Duarte e Pedro Costa (AF Coimbra)
Cronometrista: Artur Rodrigues (AFAH)
Ao intervalo: 3-4
MATRAQUILHOS 6
Nuno Cardoso
Carlos Silva
Nelson
Tércio
Carlos Rui
Suplentes: Ricardo Martins, Carlos Manuel (cap.), Tony, Tiago Poim, Fábio Raposo, Carlos Sousa e Bruno Machado.
Treinador: Nuno Vieira.
VILA FRANCA 5
Ricardo Santos
Alexandre
Rui Borges
Chamon
Tiago Pacheco
Suplentes: Pedro Rainha, Pedro Magalhães, João Teixeira, Paulo Videira (cap.) e Paulo Jorge Luís.
Treinador: Carlos Arruda.
Disciplina: cartão amarelo para Tiago Pacheco (5 e 23m), Carlos Rui (22m), Fábio Raposo (32m), Rui Borges (34m) e Carlos Sousa (37m). Vermelho, por acumulação, para Tiago Pacheco (23m).
Marcadores: Tiago Pacheco (1m), Carlos Silva (4, 26 e 33m), Chamon (4, 19 e 26m), Carlos Rui (5m., g.p.), Paulo Videira (13m), Tiago Poim (14m) e Tony (25m).
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