segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

"MATRAQUILHOS SOFREU MAS GARANTIU OS TRÊS PONTOS MESMO AO CAIR DO PANO"

Diário Insular | Futsal | Daniel Costa | 24.12.2012

MATRAQUILHOS SOFREU MAS GARANTIU OS TRÊS PONTOS MESMO AO CAIR DO PANO

Afinal, sempre
haverá peru no Natal


 MATRAQUILHOS vence Torpedos com uma ponta final de verdadeira loucura

Os terceirenses cometeram erros a mais defensivamente, mas ainda foram a tempo de se redimir, segurando os três preciosos pontos.
DANIEL COSTA |di

Duas equipas que lutam pela manutenção, proporcionaram inicialmente um espetáculo pouco emotivo, parco em qualidade técnica e oportunidades de golo. Foram evidentes no arranque grandes cautelas defensivas, notando-se que nesta fase do jogo o mais importante seria eventualmente não sofrer golos do que marcar, estando, por isso, reservado outro dispositivo tático mais arrojado para uma fase adiantada do encontro.

Todavia, foi notória maior qualidade e superioridade de jogo por parte do Matraquilhos, perante uma equipa lisboeta já calejada neste escalão mas que este ano tem sentido dificuldades. Aliás, a prestação nesta partida reflete a realidade deste Torpedos que, até ver, foi a equipa mais limitada que nos visitou em todos os capítulos.

Demonstrando maior qualidade, os locais comandaram o prélio. A primeira clara oportunidade para marcar aconteceu aos treze minutos com Tércio Perdigão a isolar-se e, perante a saída do guardião forasteiro, atirou em jeito mas o esférico saiu para fora.

Embora com o controlo do jogo, o mesmo voltou à monotonia vigente até que Nelson Silva surge em boa posição mas também não consegue marcar. O referido Nelson Silva, meio metro após a linha divisória de meio campo, aplica um remate repentino rasteiro que apanha o guarda-redes continental desconcentrado, abrindo o ativo.

Este tónico animou mais o desafio e o inevitável Fábio Raposo, na transformação de um livre direto, aumenta a parada à beira do intervalo, dando um vantagem interessante para a viragem de campo, mas uma desconcentração infantil em zona frontal a poucos segundos do descanso valeu ao adversário reduzir para a diferença mínima.

A segunda metade da peleja começou da melhor forma, pois Tiago Poim, outro dos habituais concretizadores do conjunto angrense, voltou a colocar uma diferença de dois golos, mas pouco depois mais um lance fortuito e infeliz defensivo valeu ao Torpedos, por Mário Parreira, recolocar uma diferença mínima no jogo.

Algo, contudo, que não duraria muito, pois o mesmo Mário Parreira, na sequência de um lance mal resolvido por Nuno Cardoso, empataria a partida, numa altura que, atendendo ao rendimento dos dois conjuntos, tal cenário parecia não ser possível.

Mas jogo é jogo e, neste contexto, os erros defensivos do Matraquilhos foram o balão de oxigénio que os forasteiros necessitavam, já que, a nível de futsal produzido, não eram capazes de demonstrar capacidade para dar a volta.

Com o desafio empatado, o ritmo subiu, agora com os dois conjuntos a arriscarem mais no ataque, deixando, por isso, espaços para o contragolpe, situação que tem por hábito ser decisiva para o sucesso do Matraquilhos, só que, desta feita, coube aos visitados passarem para a frente.

Foi um balde de água fria para os locais, mas que não apagou o fogo do jogo. Numa ponta final dramática e no forcing decisivo, António Martins acabou por ser o Pai Natal com dois golos que valeram os importantes e almejados três pontos.
Arbitragem: regular.

SEGUNDA DIVISÃO - 9.ª JORNADA
Complexo Desportivo Tomás de Borba
Árbitros: Filipe Ferreira e Sérgio Silva (AFAH)
Cronometrista: Rui Martins (AFAH)
Ao intervalo: 2-1

Matraquilhos 5
Nuno Cardoso (cap.)
Nelson Silva
Tércio Perdigão
Tiago Poim
Fábio Raposo
SUPLENTES
Carlos Garcia, Paulo Areias, Armindo Cabral, Carlos Silva, António Martins, Zé Bertão e Bruno Carreiro.
TREINADOR
Nuno Vieira.

Torpedos 4
Rui Gameiro
Mário Parreira
Sérgio Oliveira
André Amarante
Ricardo Cardoso
SUPLENTES
Malan Sissé, Nuno Silva, Emanuel Monteiro, Ruben Trincheiras e Hugo Gomes (cap.).
TREINADOR
Manuel Freitas.

Disciplina: cartão amarelo para Mário Parreira (15m) e Ricardo Cardoso (35m). Cartão vermelho para Ricardo Cardoso (38m).

Marcadores: Nelson Silva (13m), Fábio Raposo (18m), Ricardo Cardoso (19 e 37m), Tiago Poim (22m), Mário Parreira (25 e 26m) e António Martins (38 e 39m).

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