Diário Insular | Desporto | Futsal | 1.ABR.2013

EMPATE (1-1) NA RECEÇÃO AO VENDA NOVA COMPLICA CONTAS DA MANUTENÇÃO

Um ponto que
sabe a pouco

 MATRAQUILHOS com igualdade comprometedora na receção ao UP Venda Nova

Matraquilhos FC foi audacioso e diligente, mas depois acomodou-se demasiado e o adversário acabou por dividir os pontos.

DANIEL COSTA |di

Sem margem para erros, este embate caseiro do Matraquilhos frente ao União e Progresso da Venda Nova era importantíssimo para as aspirações do grémio terceirense, em que só a vitória interessava para, consequentemente, somar os três preciosos pontos, no sentido de relançar a equipa no caminho da tão desejada permanência no segundo escalão do futsal nacional.

Sabendo das suas responsabilidades e da importância do encontro, a formação da Terra Chã arregaçou as mangas, efetuando uma enorme pressão sobre o adversário, impondo um ritmo muito elevado e uma dinâmica consistente, o que lhe permitiu ter o controlo do jogo, alicerçado numa evidente posse de bola. Deste modo, foi uma equipa extremamente ofensiva, mas que, pelas mais variadas razões, não conseguia materializar em golos esse enorme caudal ofensivo quando conseguia romper o arrumadinho sistema defensivo dos visitantes.

Sem tempo e espaço para respirar, os continentais eram um conjunto inexistente ofensivamente, limitando-se a esporádicos e isolados remates de meia distância, alguns dos quais traiçoeiros que poderiam ter feito mossa, mas Nuno Cardoso, muito concentrado, não se deixou ludibriar.

Sem grandes hipóteses de chegar junto das redes locais, a UP Venda Nova era, contudo, uma equipa solidária defensivamente, conseguindo chegar ao intervalo com a baliza inviolável, perante a fogosidade do Matraquilhos que impunha, na realidade, um ritmo elevado. Era essa, quiçá, a arma escolhida para este jogo por Nuno Vieira, ao fazer rodar o plantel mais vezes do que é habitual, com o intuito de refrescar constantemente o cinco e com isso manter um ritmo elevado e constante.

No reatamento a tática e a intenção eram as mesmas, mas, aos poucos, o facto de atuar no limite do risco fez a equipa perder níveis de concentração, levando-a a cometer alguns erros que, felizmente, o adversário não foi capaz de aproveitar.

Mas, como é usual dizer-se, a sorte protege os audazes e assim acabaria por suceder. O arrojo do Matraquilhos seria compensado com um golo de Nelsinho, transmitindo justiça ao que se vinha desenrolando em campo.

Os terceirenses tiveram ainda oportunidade para elevar o marcador. Acontece que tal não sucedeu e retraíram-se, aspeto bem aproveitado pelo antagonista para subir mais e, desta forma, a trave das redes de Nuno Cardoso abanou, em virtude do remate violento de João Matias. Era o anúncio para uma fase de jogo de sofrimento, que se agudizou quando Carlos Silva recebeu ordem de expulsão, obrigando o coletivo a um esforço redobrado, enquanto esteve a atuar com menos um elemento.

Com o quatro demasiado recuado, a equipa colocou-se a jeito e o adversário aproveitou para pressionar cada vez mais, o que lhe possibilitou chegar à igualdade quando faltavam poucos minutos para terminar o desafio. Tiago Poim ainda fez a redondinha embater no poste, mas o empate seria mesmo o desfecho final.
Arbitragem: regular.

2.ª DIVISÃO - 20.ª JORNADA

Complexo Desportivo Tomás de Borba
Árbitros: João Cordeiro e Pedro Prates (AF Setúbal)
Cronometrista: Duarte Mourão (AFAH)

Ao intervalo:

0-0

Matraquilhos 1

Nuno Cardoso (cap.)
Carlos Silva
Nelsinho
Fábio Raposo
Carlos Rui

SUPLENTES

Ricardo Martins, Paulo Areias, Armindo Cabral, Tony, Tércio Perdigão, Tiago Poim, Nelson Laranjo e José Domingos.

TREINADOR
Nuno Vieira.

Venda Nova 1

Ruben Tavares
Fábio Capela
Ruben Correia
João Matias (cap.)
Alexandre Amaral

SUPLENTES
Vítor Torres e Rui Monteiro.

TREINADOR

Miguel Monteiro.

Disciplina: cartão amarelo para Carlos Silva (18m), Tony (19m), João Matias (28m), Fábio Raposo (38m) e Ruben Tavares (39m). Cartão vermelho para Carlos Silva (32m).

Marcadores: Nelsinho (25m) e Fábio Capela (36m).