Diário Insular | Futsal | Mateus Rocha | 18.Fev.2013

TUCA (QUATRO GOLOS) DECISIVO NA GOLEADA (6-1) DO VILA VERDE ANTE O MATRAQUILHOS

Es(tuca)da demasiado pesada
para a verdura matraquilhense

 MATRAQUILHOS revelou-se incapaz de superar a organização do Vila Verde

 

Vila Verde beneficiou da inspiração de Tuca para chegar à meia dúzia. Matraquilhos entre a desventura, os erros e a inexperiência.

MATEUS ROCHA |di

O triunfo do Vila Verde, claro, não sofre contestação, mas os números finais (6-1) são demasiado penalizadores para o Matraquilhos. A partida em atraso da 11.ª jornada do Campeonato Nacional da Segunda Divisão de Futsal - Série "B", realizada no último sábado, no complexo desportivo Tomás de Borba, correu mal aos locais desde os primeiros segundos, pois ainda não estava cumprido o minuto inicial e já Samuka colocava a equipa de Sintra na frente do marcador.

A formação da Terra Chã deu indícios de acusar em demasia a responsabilidade do encontro, pecando nas marcações defensivas e, com o passar do tempo, na finalização: ora por infelicidade (duas bolas nos postes) e incompetência no momento de definir; ora por mérito do (recuado) bloco contrário, sobressaindo aqui os guarda-redes Gonçalo e Wilson (o primeiro saiu lesionado na etapa complementar).

Compacto a defender, o Vila Verde, beneficiando da vantagem madrugadora, procurava explorar as transições rápidas e os passes longos para as costas do extremo reduto ilhéu como estratégia para incomodar o guardião Nuno Cardoso. A compleição física e a capacidade técnica dos principais atletas leoninos criavam embaraços aos pupilos de Nuno Vieira. Ainda assim, o 0-2, obra de César, surgiu numa fase em que a igualdade parecia ao alcance dos visitados.

Nem mesmo a terceira falta bastante cedo - o que, curiosamente, também aconteceu na segunda-parte - abalou a confiança do Vila Verde que mantinha uma postura expectante, até em face do avanço adquirido. Nelson Silva, perto do intervalo, relançou a esperança angrense, só que um livre direto de Tuca restaurou os dois golos à maior para os subordinados de Augusto Rodrigues.

Denotando uma determinação digna de averbamento, o Matraquilhos regressou dos balneários na firme disposição de inverter o rumo dos acontecimentos. A pressão alta do emblema das ilhas de bruma obrigou a turma continental a baixar ainda mais o bloco. As oportunidades sucediam-se, mas sem efeitos práticos, ficando a equipa à mercê do contragolpe verde e branco.

A (natural) imaturidade do Matraquilhos nestas andanças, em contraponto com o pragmatismo do adversário, também não passou despercebida em algumas situações. Já depois de Tuca ter bisado, Nuno Vieira apostou no "cinco contra quatro", com Fábio Raposo a assumir as funções de guarda-redes avançado. Acontece que a expulsão de Toni (segundo amarelo) atrasou sobremaneira o processo, o qual, em boa verdade, não se revelou minimamente produtivo. Antes pelo contrário, uma vez que Tuca voltou a castigar, por duas vezes, os terceirenses, dando ao resultado uma expressão que, repetimos, não se coaduna com aquilo que se passou dentro das quatro linhas.

A dupla de arbitragem, constituída por Tiago Figueiredo e Izaldo Barata, nem sempre terá ajuizado da melhor forma. Porém, é exagerado imputar-lhe qualquer influência direta no desfecho da contenda.

 

2.ª DIVISÃO - 11.ª JORNADA

Complexo Desportivo Tomás de Borba
Árbitros: Tiago Figueiredo e Izaldo Barata (AF Castelo Branco)
Cronometrista: Duarte Mourão (AF Angra do Heroísmo)

Ao intervalo:
1-3

Matraquilhos 1

Nuno Cardoso (cap.)
Nelson Silva
Tércio Perdigão
Tiago Puim
Fábio Raposo

SUPLENTES
Ricardo Martins, Paulo Areias, Armindo Cabral, Carlos Silva, Toni, Carlos Rui e José Domingos.

TREINADOR
Nuno Vieira.

Vila Verde 6

Gonçalo
Alex
Samuka
Dino
Tuca

SUPLENTES
Wilson, Armando (cap.), César, Tiago Pinto e Migas.

TREINADOR
Augusto Rodrigues.

Disciplina: cartão amarelo para Carlos Rui (11m), Tércio Perdigão (20m), Toni (28 e 34m); Wilson (23m), Dino (23m) e Samuka (35m). Cartão vermelho (acumulação de amarelos) para Toni (34m).   

Marcadores: Nelson Silva (18m); Samuka (1m), César (10m) e Tuca (20, 31, 38 e 39m).