segunda-feira, 29 de outubro de 2012

"Aproveitar a 2.ª Divisão para evoluir no futsal"

Fonte: Diário Insular | 29.Out.2012

NUNO CARDOSO, CAPITÃO DO MATRAQUILHOS FUTEBOL CLUBE
Aproveitar a 2.ª Divisão para evoluir no futsal

ENQUANTO CAPITÃO DE EQUIPA, COMO PERSPETIVA A ESTREIA DO MATRAQUILHOS FUTEBOL CLUBE (MFC) NA 2.ª DIVISÃO NACIONAL DE FUTSAL?

Será aliciante para todo o grupo. Trata-se de um desafio mais exigente e só quem tiver mentalidade para trabalhar, aprender e ser exigente terá condições para se bater de igual para igual com qualquer adversário. Somos um grupo forte e com capacidade para alcançar os objetivos, apesar de ainda estarmos a passar pela fase de adaptação a uma nova realidade. Este nível competitivo aproxima-se dos melhores e acho que qualquer um de nós deverá aproveitar esta experiência para evoluir e dignificar o futsal terceirense fora de portas. Apesar de o Operário estar na 1.ª Divisão, a força do futsal açoriano encontra-se na Terceira, pois tem um quadro competitivo completo (5 equipas nos nacionais e 11 equipas no regional). Isto é um sinal claro de evolução da modalidade e, com a maior formação de treinadores, acredito que o nível irá melhorar.

O MFC ATINGE A 2.ª DIVISÃO DEPOIS DE UM PERCURSO IMACULADO NA PRIMEIRA EDIÇÃO DA SÉRIE AÇORES DE FUTSAL. COMO RECORDA A CONQUISTA DO TÍTULO NACIONAL DA 3.ª DIVISÃO?

Sem dúvida que o momento mais marcante do meu percurso no futsal foi a conquista da Série Açores da 3.ª Divisão Nacional. Apesar de já ter conquistado vários troféus em outras épocas, este destaca-se dos outros, não só por ter sido a primeira edição, mas pela forma como foi obtido. Num campeonato com 18 jogos, obter 17 vitórias e um empate é um feito que será quase impossível de igualar. Tudo graças a muito esforço e tenho de destacar, sem dúvida, o grande trabalho do treinador Nuno Vieira durante toda a época, pois foi preciso ter um coletivo muito forte e dou-lhe todo o mérito por isso. Apesar de ser um treinador jovem, admiro a sua capacidade de trabalho. A sua evolução como treinador influencia-me a evoluir também como guarda-redes.

COMO VIU, EM TERMOS QUALITATITVOS E COMPETITIVOS, A PRIMEIRA EDIÇÃO DA SÉRIE AÇORES DE FUTSAL?

Foi uma grande ideia, na minha opinião, e serviu para promover o futsal açoriano, modalidade que, ano após ano, tem evoluído de uma forma bem pensada e sustentada. Penso que o campeonato foi um sucesso e, com o decorrer dos anos, irá tornar-se, certamente, num campeonato ainda mais competitivo. Há que destacar, também, o grande crescimento a nível da formação. Aqui pode estar o segredo do futuro, pois quando tivermos atletas formados a 100% no futsal a jogar nas equipas seniores, o nível irá melhorar certamente. Exemplo disso são as presenças na época passada das equipas de juniores A e B nas taças nacionais, sinal de que existe trabalho na formação.

VAI INICIAR A QUARTA ÉPOCA AO SERVIÇO DO MFC. QUAIS AS SUAS EXPECTATIVAS PARA O SEU PERCURSO NO FUTSAL?

Gosto de dar um passo de cada vez e, neste momento, estou concentrado a 100% para dar o meu melhor e ajudar a minha equipa a alcançar os objetivos. Ingressei no MFC em 2009 e sinto que estou no lugar indicado para poder crescer como guarda-redes. É de louvar o que esta equipa faz diariamente por mim e por qualquer outro jogador, desde os escalões de formação até aos seniores. O MFC foi declarado como coletividade de utilidade pública, projeto no qual acredito. Quanto ao futuro, quem não gostaria de ter uma oportunidade ao mais alto nível, ao lado dos melhores? Mas com os dias de hoje tudo fica mais complicado. De mim poderão esperar sempre dedicação, trabalho, concentração e amor à modalidade.

Sem comentários: